Sobre preferências musicais.
Vou contar uma estória rápida: o vi no Fotolog. Gostei. Ficava comentando as ftos. O adicionei no orkut. Começamos a trocar dados. Rolou reciprocidade. Dae fiquei fã do Coldplay. Ele tbm era. Trocamos mais dados. Comecei a pisar na bola algumas vezes. Me tornei paranóico. Todo dia, um scrap. Ele tolerava. Me excluiu da lista. Eu querendo saber o pq. Ouvi e fiquei desconcertado. Tudo bem. Comentei no fotolog novo dele. Ele tolerava. Ele num guentou e disse que num queria me ver mais. Pirei. Pirei mais. Me arrependi. Pedi desculpa. Me tornei o nº 231 da comunidade Achei Cafona. Ainda o vejo. Mas com menos paranóia que antes.
Não tenho o pq, mas apenas pelo fato dele ouvir certos tipos de música meio que me motivou a gostar tbm. O Radiohead é exceção, pq descobri via revista e fiquei interessado. Mas... Muse? Por causa DELE! Franz Ferdinand? Indiretamente. Strokes? Era modinha em 2001, hauehauehauehuae. Mas enfim, mta coisa que ele ouve eu curto. Dae o alto.
Mas dia desses era SUPER! SUPER! Mas dus meses pra cá ele deve ter começado a ouvir coisas mais underground/indie, e eu comecei a mergulhar em Silverchair e outras coisas descoladas/modinha. =P Mas o foco não é ele. O foco sou eu. E me pergunto: pq a gente muda tanto? AS PESSOAS NORMAIS, não as que estacionaram no tempo e ficaram lá.
Comecem a ter vergonha alheia, mas eu gostava MTO de axé; fazia coreografias da Daniela Mercury, dançava ao som do É o Tchan, me emocionava com Banda Eva com Ivetão... E eu detestava qdo vinham aquelas músicas em Inglês. Em 1997 eu era assim. Bote OK Computer que CERTEZA que detestaria. =P
Mas em 2001, com o advento da MTV + amigos do rock + modinha, comecei a gostar dos Strokes. AMAVA o Julian, o estilo, a forma de fazer rock. Eu dizia pra uma rodinha de amigos pagodêros: ADORO STROKES! E a galera fazia: -q Me sentia o indie mais indie do colégio (e isso me dava um ar de superior, o que era bom, já que eu era o excluído e marginalizado do colégio). Lá pra 2003, 2004, comecei a ouvir Coldplay. Comecei a gostar pra caramba, as melodias, e piriri, parara. Qdo ouço The Scientist, me lembra do meu colega fotologger supracitado. (tenho até fto dele com a letra na mão e tudo, MAS NÃO VOU POSTAR.) Qdo lançou X&Y (além de eu ter descoberto bandas como Franz Ferdinand, The Killers e etc.) entrei em transe e falei a mim mesmo: é agora, Igor. Ou vc se torna o que vc quer ou vc fica igual aos seus amiguinhos. Sempre fui diferente dos outros, logo era excluído. O que eu tinha a perder?
De 2001 pra cá, há umas coisinhas em paralelo que ouvi e curti. Conheci David Bowie, p. ex., qdo eu ouvi Little Wonder. CARALHO, LITTLE WONDER! Adorava o clipe, era surreal, o beat era bom e eu me viciava (depois eu, mais crescidinho, baixei Earthling [1997], que tinha a música. Mta gente torce o nariz, mas é o trabalho do Bowie que mais gostei, se bem que é enjoadinho.). Havia a Gwen Stefani, tbm... Nem era tão indie, mas o estilo dela me fascinava. Dae vem outras coisas, que num me lembro agora.
Mas enfim. Graças à exclusão dos coleguinhas por este que vos fala que é tão diferente, me embarquei nessa de gostos esquisitos. Ou não. Por acaso, Arcade Fire É ESQUISITO? Não acho. Pode ser triste e sombrio, mas esquisito... Arctic Monkeys e Keane são audíveis e gosto, passemos. E Sigur Rós, minha gente?! Ao mesmo tempo, gosto do Silverchair pós-Neon Ballroom, me amarro no Foo Fighters, Muse me deixa extasiado (se bem que ando meio enjoado em ouvir), Bjork é legal. E estranha, tbm. Led Zepellin e Queen comecei a gostar mais por causa de um colega da faculdade, que é BEM loucão, mas mto inteligente.
Se me arrependo? CLARO que não. Sou jovem, tenho de ter espírito jovem, de aprender e buscar coisas novas. E não ficar apenas mais do mesmo.
[sim, e o grande desafio é botar isso na prática do dia-a-dia. =P]